DEBATE VIRTUAL. Covid-19, comunidades ciganas e exclusão territorial .

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No dia 9 de junho às 18h o Morar em Lisboa promove o debate virtual:

Covid-19, comunidades ciganas e exclusão territorial.

Neste período de pandemia, diversas medidas temporárias e excepcionais, positivas mas insuficientes, foram tomadas relativamente à protecção do direito à habitação de imigrantes e refugiados, vítimas de violência doméstica, sem-abrigo ou outros grupos de risco. Todavia, as comunidades ciganas têm sido, desde há muito, ostracizadas e segregadas social e territorialmente. Estatisticamente, pelo menos um terço das famílias ciganas residentes em Portugal têm por morada uma habitação “não-clássica”, isto é, uma tenda de lona, uma barraca de madeira, tijolo e/ou zinco ou uma autocaravana. Não é um grupo pequeno. Portanto, estima-se que mais de três mil famílias ciganas vivam em tendas, barracas ou alojamento móvel. Sabendo que a melhor forma de prevenir a Covid-19 é manter alguma distância e lavar as mãos, amiúde, com água e sabão ou com uma solução feita à base de álcool, pergunta-se: Como é que as pessoas vão fazer isso, quando não se tem acesso a água corrente? Como enfrentar o vírus sem água canalizada, corrente eléctrica, saneamento básico, recolha de lixo? Este é um enorme desafio ao combate à propagação do coronavírus. De norte a sul do país vão chegando notícias de como a pobreza nas comunidades nómadas se agrava, agora que as feiras não se montam e os mercados não abrem. Alguns apoios pontuais ao nível da higiene, alimentação e acampamento provisório vão surgindo, mas o direito à habitação fica por cumprir.

– Qual é ponto da situação e que diagnóstico se pode fazer das condições de habitação das comunidades nómadas neste período pandémico?

– Que medidas específicas ao nível do direito à habitação deviam ter sido tomadas para proteger as comunidades ciganas?

– Que medidas a longo prazo são necessárias para definitivamente integrar estas comunidades do ponto de vista social e territorial?

Com a participação de:

Moderadora: Leonor Rosas / activista, FCSH-UNL 

Bruno Gonçalves / Associação Letras Nómadas

Ivo Guerreiro e Zé Lebre / Bairro Alfredo Bensaúde

José Maria Fernandes e Licinio Fernandes / Associação União Romani Portuguesa

Maria Manuela Mendes / ISCTE-IUL; FAUL

Prudêncio Canhoto / Associação de Mediadores Ciganos de Portugal (AMEC)

O debate será transmitido no YouTube

e na nossa página Facebook https://www.facebook.com/moraremlisboa.cartaaberta/

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