A propósito do processo não clarificado, até à data, da renovação da Praça Martim Moniz , enviámos uma nota à Imprensa.
Nota de imprensa
A obra de renovação da Praça do Martim Moniz teve início no passado dia 14, contra a vontade expressa pela população em reunião no dia 20 de Novembro de 2018, no Hotel Mundial. Nessa reunião esteve presente o vereador Manuel Salgado, que ouviu e registou a vontade das pessoas e disse ir falar com a restante vereação. No entanto, nesse mesmo dia tinha já aprovado o licenciamento da referida obra.
Por causa das dúvidas que todo o processo nos deixa, consideramos essencial colocar algumas perguntas que não são só nossas, mas sabemos ser de muitos cidadãos:
Que projecto está em execução ? Por que não é público ? Onde pode ser consultado?
Qual foi a fundamentação para a mudança de concessionário ? Segundo consta estendeu-se o contrato por mais 14 anos. Onde é que está o parecer que fundamenta esta extensão ?
Qual será o futuro do projecto contratado à José Adrião Arquitectos, pelo qual já foram pagos 90.120 euros? Qual a razão para que esse projecto nunca tenha sido apresentado ao público?
Houve concurso público para a exploração do Martim Moniz?
Consideramos urgente que a CML responda a estas questões. A Praça do Martim Moniz, tal como todo o espaço público,pertence à cidade e aos cidadãos e não à Câmara Municipal de Lisboa nem a nenhum concessionário.
A praça do Martim Moniz deve ser, em primeiro lugar, um espaço público para os cidadãos e não para o desenvolvimento de interesses de exploração económica que, como ficou demonstrado pela contestação dos últimos meses, não servem os interesses e as expectativas dos lisboetas.
2 thoughts on “Que transparência no processo de renovação do Martim Moniz?”
Boa tarde,
Muito obrigada pela vossa inciativa. Ao saber do projecto do Martim Moniz fiquei estarrecida com a falta de transparência e prepotência da CML. Também eu coloquei questões à CML sobre o projecto e não recebi qualquer resposta. Além do mais, os irmão Moreno poderão ser testas de ferro representando interesses potencialmente lesivos da comunidade. Sou a favor da iniciativa privada mas totalmente contra a atribuição de espaços publicos a privados sem concurso público e sem ouvir e aceitar as opiniões dos que residem e partilham o espaço urbano. Principalmente quando tudo é feito “às escondidas” sem direito a qualquer tipo de questionamento.
Obrigada Alexandra por nos enviar a sua opinião e expressar o seu apoio. Pedimos desculpa pela demora na resposta. Abraço